O Boticário exalta a beleza de Pernambuco com revitalização da r.u.a dos amores

Em parceria com a prefeitura do Recife, por meio do programa Recentro, ponto turístico será oficialmente reaberto ao público, com novos painéis de artistas locais e um walking tour narrado por Caio Braz.

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A partir de uma iniciativa do Boticário, em parceria com a Prefeitura do Recife, no dia 26 de outubro, a r.u.a dos amores – no Recife Antigo, foi entregue à população e turistas da cidade, completamente revitalizada. A via foi restaurada e aprimorada para voltar a ser uma experiência de turismo e lazer aos visitantes do Bairro do Recife, valorizando a arte, a cultura e ocupando os espaços públicos. 

A segunda revitalização da r.u.a dos amores pelo o Boticário, tem como objetivo reforçar o amor e o carinho da marca pela região. A iniciativa exalta a cultura e as belezas de Pernambuco, a partir dos murais com artes de origem local, criando ainda mais conexão com a população da cidade de Recife, a qual atualmente soma em 185 lojas da marca, espalhadas por todo o estado. 

Nesta edição, o Boticário convidou o pernambucano, Manoel Quitério, para fazer a curadoria de artistas locais, que juntos emolduraram a r.u.a dos amores com suas obras: “me senti honrado pela confiança e parceria para a segunda edição desse projeto, me traz muito otimismo ver o Boticário, uma marca que tem um carinho pelos pernambucanos, apoiar e ajudar a arte urbana alcançar patamares merecidos e espaços de destaques, ao lado de artistas respeitados, diversos e potentes da nossa comunidade”, conta Manoel. Adelson Boris, Alexsandra (Dinha) Ribeiro, Romulo Jackson, Glauber Arbos, Sarah Nazareth,  Jade Matos e o Coletivo Aurora de Estrelas, são os nomes por trás dos painéis. 

Ouça a playlist do Spotify e faça o Tour do Amor

Conheça um pouco sobre as artes deste mural: 

Comida, um povo que conquista pelo sabor. 

Artista: Rômulo Jackson  

A pintura retrata um instante íntimo e afetuoso em torno de uma mesa posta, onde cada alimento presente carrega consigo memórias e tradições familiares. Os elementos da composição reforçam que a comida vai além do sustento físico: ela é também uma expressão de identidade, afeto e pertencimento.  

As fotos na parede não apenas decoram o espaço, também evocam o sentido de continuidade, lembrando que as refeições em família são momentos de conexão com o passado, repletos de memórias de quem fez parte da nossa história, mesmo que já não esteja presente.  

Nesse contexto, a mesa se transforma em mais do que um simples local de refeição, ela se torna um símbolo de encontro e partilha, onde a culinária pernambucana se manifesta como uma ponte entre gerações. Cada prato servido representa uma tradição viva, preservada no cotidiano e nas celebrações, reforçando como a comida carrega, além de sabor, as histórias e afetos que atravessam o tempo.  

Rio São Francisco, caminho das águas. Cidades do interior, força e energia da nossa terra.  

Artista: Alexsandra (Dinha) Ribeiro  

Este mural, celebra a força e a energia do Nordeste, com foco nas cidades do interior e suas conexões com a água.  

A composição central traz uma mulher conduzindo um pequeno barco, simbolizando a sabedoria e a resiliência nordestina diante dos desafios da vida.  

Ao lado, uma mão segura delicadamente uma casa típica do interior, representando o lar e a identidade cultural que são mantidos firmes. Juntas, essas imagens expressam o poder da ancestralidade e a união entre terra e água, que moldam a história e a alma do Nordeste.  

Terra do Carinho

Artista: Jade Matos  

O mural “Terra do Carinho” é uma celebração do afeto em todas as suas formas. Ele fala sobre o carinho que envolve e acolhe, a troca de amor e cuidado que transforma o dia a dia. Através de cores e formas, o mural retrata a leveza das risadas e a serenidade de contemplar a natureza, mostrando como seus elementos trazem paz e tranquilidade. Ao mesmo tempo, destaca a importância do colo que só encontramos nos nossos entes queridos e amigos.  

O mural nos convida a refletir sobre como o abraço pode mudar o dia de uma pessoa, como o amor e o acolhimento têm o poder de transformar vidas. Ele fala dessa busca por conexão, desse cuidado que vem tanto da terra quanto das relações humanas. “Terra do Carinho” nos lembra que o amor está em todo lugar – na natureza, nos laços familiares, nas amizades – e que o afeto genuíno é capaz de trazer conforto e renovar o espírito.  

Liberdade de pensamento, Pernambuco como vanguarda filosófica, terra de vocação libertária e das questões sociais  

Artista: Manoel Quitério  

Celebro a arte urbana como instrumento de educação coletiva e libertária. A pintura pública tem a capacidade de trazer para a rua conteúdos antes escondidos nos museus e coleções privadas. A possibilidade de um povo contar a própria história é essencial para garantir que não se repitam as lógicas do colonialismo.  

Nesse mural proponho uma devida homenagem a pensadores de nosso estado que lutam e lutaram pelo direito de existir enquanto indivíduos livres capazes de formar a própria opinião e para impedir que o sonho do oprimido seja se tornar o opressor.  

Terra da diversidade, Pernambuco de Vários povos

Artista: Aurora das Estrelas  

Antes do Estado, existiam as nações. Antes das fronteiras, as pessoas.  

Nesse mapa, buscamos celebrar a diversidade de povos e culturas, a riqueza de quem conta as histórias do dia a dia, a pluralidade de etnias, cosmologias e visões que fazem da nossa terra tantos lares.  

O Coletivo Aurora de Estrelas trabalha pela diversidade e pela riqueza de existir e ser. Num mundo em que tudo vem se tornando padronizado, ser você mesmo é uma revolução.  

Heróis Invisíveis: A Grandeza da Terra e do Povo

Artista: Adelson Boris  

O graffiti de Adelson Boris é uma poderosa homenagem visual e simbólica às raízes e à força dos povos que habitam o campo e os subúrbios de Pernambuco. Inspirado pela luta desses grupos, o mural celebra a resistência e resiliência daqueles que, ao longo da história, enfrentaram adversidades com coragem e perseverança em sua busca por sobrevivência.  

No centro da obra, destaca-se a figura de uma mulher indígena, representando a força ancestral dos povos originários. À esquerda, um jovem negro emerge das periferias urbanas, enquanto à direita, um agricultor simboliza a vida rural, a plantação e a colheita. Boris captura a essência dos “heróis silenciosos” – aqueles que, por meio de seu trabalho diário, sustentam e fortalecem a vida comunitária.  

A obra não só enaltece as histórias desses trabalhadores que transitam pela região, mas também se conecta profundamente com eles, estabelecendo um vínculo humano. Esse mural é uma celebração vibrante da vida em comunidade, das lutas e das vitórias coletivas, relembrando a grandeza presente nos gestos simples do cotidiano. A obra convida todos, inclusive as famílias que frequentam o local nos fins de semana, a contemplar e valorizar a riqueza dessas histórias, cujas vidas entrelaçadas formam a verdadeira força de um povo.  

Saberes Tradicionais e Aromas que Curam

Artista: Sarah Nazareth  

O mural retrata os saberes dos raizeiros e benzedeiros, além das paisagens do Agreste e Sertão de Pernambuco. Na pintura, represento elementos utilizados pelos conhecimentos populares e ancestrais da benzeção, como o ramo de aroeira, a jurema, o preparo de plantas medicinais e as tradicionais garrafadas.  

Também estão presentes o perfume de alfazema e uma vela acesa, simbolizando as conexões de pertencimento.  

Os ensinamentos sobre as plantas como saberes ancestrais revelam suas propriedades medicinais e aromáticas, destacando as várias formas de uso na medicina popular, valorizando essas práticas tradicionais.  

Este espaço é a representação de uma casa de vó, onde cresci como neta de uma benzedeira e aprendiz de raizeira. Trago o caráter medicinal e curativo das plantas e seus aromas, que atuam como instrumentos de nutrição e cura.  

Cultura Popular

 Artista: Glauber Arbos  

Viva mestre Galo Preto!! No ano em que o coquista completa seus 90 giros ao redor do sol, tenho a grande satisfação de poder homenageá-lo com meu trabalho.  

No mural estão representados os elementos, seres e objetos presentes nas letras das músicas que contam histórias do nosso grande Mestre Galo Preto. Busco representar a cultura como elemento de união e resistência dos saberes populares. Nosso estado tem a vocação criativa e de semear narrativas fortes pela sutileza dos ritmos e de nossa bagagem que se renova a cada dia.